sábado, 15 de janeiro de 2011

"- Exaltação ao Policial -"




Nosso dia a dia
É servir a comunidade
No interior ou fora
Da nossa condução
Em busca de um soldo
Que é o nosso ganha pão.

Embora, seja pouco,
Agradecemos em oração.
Esse pouco, que recebemos,
Seria o muito no bolso
De quem não tem nem o pão.

Porém, não estamos acomodados.
Tampouco conformados,
Somos concursados,
Trabalhamos para o Estado,
Nosso oficio é muito aclamado.

Para chegarmos até aqui
Fomos submetidos
A uma série de exames
De provas seletivas:
Médicas, físicas,
Psíquicas e investigativas.

Foram oito meses
Numa sala de instrução
Mais de trinta disciplinas
Para servir o cidadão.

Ralando, rastejando
No campo de instrução,
Bombas de gás lacrimogêneo
Respiramos como se estivéssemos
No ar puro em Campos de Jordão.

Tudo para acondicionar
Nossos corpos e mentes
A mais adversa situação
Que não raramente enfrentamos
Na nossa árdua profissão.

Expressamente definida
No artigo 144
Da nossa constituição:
Prender em flagrante delito
Ou por ordem judicial;
Preservar a ordem pública;
Servir, proteger e auxiliar.

Longas horas, passamos
Ausentes do nosso lar,
Beijamos nossa esposa e filhos
Sem saber, se pra casa,
Vamos ou não voltar.

Cada retorno é uma vitória,
Cujo troféu é o abraço
E o sorriso dos nossos filhos,
Que como bala disparada
Lançam-se sobre nós.

Estreitados num abraço apertado
Entre o serviço e a família divididos
Agradecemos a Deus
Por mais um dia de vida
Ter nos concedido.

Porque não sabemos
O que na rua vamos encontrar
Muitas vezes temos
De morrer ou matar.

Contudo não nos intimidamos,
Somos fiéis à causa que abraçamos.
Ao deixarmos nossos lares
A Deus nossas vidas entregamos.

Auxiliamos uma idosa
Na travessa de uma rua,
Socorremos doentes,
Prestamos informações,
Realizamos partos em viatura,
Somos clínicos gerais da rua.

Mas, se a situação é inversa,
E tem bandido trabalhando,
Como diz o regimento:
“Bandido de folga, não é bandido não”.
Mas, se está no estrito cumprimento
Do dever ilegal, “grampo nele”.

Lugar de bandido
Não é entre cidadão de bem,
É numa camisa de onze varas
Nas entranhas mórbidas de uma prisão.
Não obstante, o respeito
Para com o ser humano
É imprescindível...

Ora! Nosso serviço
É de qualidade!
Somos a luz
Nas trevas das cidades.
É impossível nos limitar
Somos abrangentes.

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