domingo, 13 de fevereiro de 2011

Mãe de policial sofre!


Mãe de policial sofre. Sofre desde antes do filho se tornar um, porque nenhuma delas quer ouvir o filho, depois de grandinho, dizendo que vai ser policial. Não é assim em todos os países, e não arrisco falar de todos os estados fora do Rio. Mas posso afirmar que no Rio de Janeiro as mães não gostam que seus bebês entrem para a Polícia.

Mãe de policial sofre durante o curso de formação do filho. Ao ver seu menino de cabeça raspada, mais magro que o habitual e com aparência de cansaço, após as longas sessões de tortura a que é submetido, fica se perguntando “o que estão fazendo com meu menino?”. E não entende porque ele continua com aquela loucura.

Claro que na formatura dá orgulho. Aquela cerimônia bonita, discursos bonitos, uniformes bonitos, e o filho então, é o mais bonito de todos. Mas a mãe sofre quando o filho é destacado para uma unidade onde a área é perigosa. E ora todos os dias para Deus protegê-lo, e, se for da vontade Dele, que seu filhinho seja escalado somente em serviços internos.

Mãe de policial sofre porque não sabe se o filho vai voltar para casa após o serviço. Por isso faz aquele monte de recomendações redundantes, tipo esconder bem a farda e não carregar a identidade funcional na carteira. E pede pelo amor de Deus, para ele parar de andar armado.

Depois que a mãe deixa de ser simplesmente mãe, e vira mãe-de-policial, se torna defensora ferrenha dos policiais. Porque mãe de policial sofre quando falam mal da Polícia perto dela. Sai em defesa dos policiais, mas só diz que tem filho policial em último caso. Sabe que é perigoso, quanto menos gente souber, melhor para a segurança dele.

A mãe de policial deve ser das mães mais xingadas, ficando atrás apenas das mães dos árbitros de futebol e dos políticos. As mães de policiais não merecem isso, mas o sofrimento delas é inevitável.

Mãe, qualquer semelhança não é mera coincidência. =) Parabéns a todas mamães sofredoras do Brasil!

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